segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Renascimento Carolingio

A partir do séc. V, a parte ocidental do império romano foi invadida pelos povos “bárbaros” de origem
germânica, que acabaram por entrar e saquear Roma e, por fim, estabelecer reinos que coincidiam praticamente
com o antigo império romano.
Nesta altura, os bárbaros já se encontravam romanizados, cristianizados e falavam o latim. Estes factos
contribuíram para a fusão entre a cultura germânica e a cultura romana, que se reflecte, por exemplo, numa
mistura de cargos governamentais: chefes bárbaros e latifundiários romanos a dominarem as terras e o Papa,
com os seus bispos, a presidir o poder espiritual.
Na Gália, no séc. VIII, nasceu Carlos Magno, um dos maiores imperadores ocidentais. Foi uma figura
decisiva no desenvolvimento da cultura medieval da Europa Ocidental, uma vez que a conseguiu reunificar.
Através da conquista da maior parte do antigo império romano, Carlos Magno ressuscitou a ideia de um
império tão forte como o romano.
A nível artístico, a cultura carolíngia mostrou-se na edificação de mosteiros, catedrais e outros edifícios
de grandes dimensões, na execução de manuscritos e iluminuras, entre outros. Um exemplo da sua obra é a
Capela Palatina, à imagem de S. Ravena. Este edifício reúne características originalmente romanas (naturalismo
clássico, em capitéis coríntios importados da Itália) e outras bizantinas.
Concluindo, o renascimento carolíngio funcionou, portanto, como unificador da tradição celto-germânica
com a cultura latino-mediterrânea.

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