sábado, 28 de maio de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Realismo

O Realismo apresenta-se como uma doutrina filosófica e uma corrente estética e literária que procura a conformação com a realidade. As suas características estão intimamente ligadas ao momento histórico, reflectindo as novas descobertas científicas, as evoluções tecnológicas e as ideias sociais, políticas e económicas da época.
Também se preocupa com a verdade dos factos, a realidade concreta, a explicação lógica dos comportamentos. Procura ver a realidade de forma objectiva e surge como reacção ao idealismo e ao subjectivismo emocional românticos. Como movimento da arte e da literatura, procura representar o mundo exterior de uma forma fidedigna, sem interferência de reflexões intelectuais nem preconceitos, e voltada para a análise das condições políticas, económicas e sociais.

domingo, 30 de janeiro de 2011

A escultura do Romantismo

A escultura romântica não brilhou exactamente pela sua originalidade, nem tampouco pela maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar nesse período como um momento de calma necessário antes da batalha que depois viriam a travar o impressionismo e as vanguardas modernas. Do ponto de vista funcional, a escultura romântica não se afastou dos monumentos funerários, da estátua equestre e da decoração arquitectónica, num estilo indefinido a meio caminho entre o classicismo e o barroco.

A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor estilo das exuberantes cenas de Rubens. Não se abandonaram os motivos heróicos e as homenagens solenes na forma de estátuas super dimensionadas de reis e militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais destacados escultores desse período foram Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na Alemanha.

A pintura do Romantismo

A pintura foi a disciplina mais representativa do romantismo. Foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época.As cores se libertaram e fortaleceram, dando a impressão, às vezes, de serem mais importantes que o próprio conteúdo da obra. A paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como seu meio de expressão.

É o que acontece com as tempestades de Turner, cuja força expressiva permitiu ao pintor prescindir, intencionalmente, de toda presença humana; ou das montanhas nebulosas de Friedrich, solitárias e místicas. Na França e na Espanha, o romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e de um ousado cromatismo, ao mesmo tempo dramático e tenebroso. É o caso dos quadros das matanças de Delacroix, ou do Colosso de Goya, que antecipou, de certa forma, a pincelada truncada do impressionismo.

Paralelamente ao romantismo surgiu o realismo social. Este movimento nasceu na França, após as revoltas de 1848 e como resposta à estética novelesca e fictícia do romantismo. A vida dos trabalhadores no campo, nas minas, ou seja, das classes menos privilegiadas, foi por antonomásia o tema dessa pintura, que tinha como finalidade a conscientização da sociedade e que, logicamente, foi recusada pela alta burguesia. Seus representantes máximos foram Courbet, Daumier e Millet.

Um parágrafo à parte merecem nesse período da arte os avanços nos métodos de reprodução de obras pictóricas: a litografia (melhorada) e a xilografia (novidade). Além de serem usados para reproduzir originais de Delacroix, Fuseli ou Gericault, esses métodos também se desenvolveram como disciplinas artísticas. As mais de 4 000 litografias de Daumier fizeram uma caricatura e documentaram a vida social da França, da mesma forma que as refinadas gravuras de Doré ou os personagens de Grandville.



A arquitectura do Romantismo

A arquitectura do romantismo foi definitivamente historicista. No início do século XIX, deu-se o movimento do ressurgimento das formas clássicas, chamado de neoclassicismo; mais tarde, apareceram as manifestações neogóticas, consideradas ideais para igrejas e castelos e, em determinados casos, como na Inglaterra, inclusive para edifícios governamentais. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.

Em Paris experimentou-se um renascimento do barroco, como aconteceu em Viena. Um caso à parte foi a Alemanha, que, sob a orientação de Luís II da Baviera, experimentou arquitecturas neo-otônicas, neo-românicas e neogóticas, além das neoclássicas já existentes. A Europa estava voltada para a construção de edifícios públicos e, esquecendo-se do fim último da arquitectura, abandonava as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.

Entre os arquitectos mais reconhecidos desse período historicista ou ecléctico, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro de Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim.



O Romantismo

Romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.
Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapulir. Se o século XVIII foi marcado pela objectividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjectividade, pela emoção e pelo eu.

A Gare

Gare: – estação do caminho-de-ferro, que reflecte o triunfo da civilização industrial através do caminho-de-ferro. Espaço de socialização enquanto pólo dinamizador da vida urbana e até do ponto vista cultural. Lugar de confluência de viajantes e aventureiros, de homens de negócio e industriais, de gente oriunda de longe à procura da sua sorte, a gare é então um autêntico espelho destas sociedades, reflectindo todas as suas ambiguidades e contradições. Acaba tem por se apresentar como um espaço resultante da técnica e do progresso em função das estruturas metálicas resultante dos processos construtivos ou dos novos materiais produzidos pela civilização industrial.



(aqui está a gare de Lyon)










Após a Batalha de Waterloo em 1815 a Europa seria sacudida por vários movimentos revolucionários que marcaria as primeiras décadas do século. Como consequência o liberalismo expande-se pelo mundo ocidental , na defesa de princípios como a liberdade individual, a igualdade perante a lei e a propriedade privada, entendo ao Estado a preservação destes princípios burgueses. Para tal, o poder político, progressivamente secularizados, funcionaria na base da separação dos poderes e da soberania nacional, garantidas, bem como os direitos do indivíduo, em textos constitucionais. Sob ponto vista económico, o liberalismo abriu as portas ao capitalismo, com a defesa da livre iniciativa, a abolição de monopólios, considerando a livre concorrência como o garante da ordem da justiça e do progresso da sociedade. Nas artes plásticas, propõe uma nova estética, afastada dos cânones racionalistas clássicos, fantasiosa, imaginativa, sentimental, individualista e nacionalista. A descoberta da máquina a vapor por James Watt em 1788, mudaram os sistemas de produção determinando uma transformação na economia mundial, como resultado da técnica, da utilização de novas fontes os transportes torna-se mais rápidos e as distâncias mais curtas. A fábrica símbolo do poder económico da burguesia empresarial e financeira é o mesmo centro da acção revolucionária da classe operária, que movida por novas ideias desde o socialismo utópico ao marxismo procurava emergir da miséria que o sistema capitalista determinava. Na arte novas experiências inspiravam os artistas, o naturalismo e o realismo, marcavam os novos percursos artísticos e em especial, o realismo menos empenhado na representação da natureza, mas aproximando-se das causas urbanas até ao aparecimento impressionismo que desmaterializa a forma e a figuração do espaço pictórico, abrindo caminho às novas vanguardas do séc .XX, marcadas cronologicamente com a Exposição do Fauves em 1905 no Salão de Paris, onde se estacavam as obras de Henri Matisse, André Derain e Maurice Vlaminck, cuja vitalidade plástica era uma consequência da utilização da cor forte e vibrante.