Gare: – estação do caminho-de-ferro, que reflecte o triunfo da civilização industrial através do caminho-de-ferro. Espaço de socialização enquanto pólo dinamizador da vida urbana e até do ponto vista cultural. Lugar de confluência de viajantes e aventureiros, de homens de negócio e industriais, de gente oriunda de longe à procura da sua sorte, a gare é então um autêntico espelho destas sociedades, reflectindo todas as suas ambiguidades e contradições. Acaba tem por se apresentar como um espaço resultante da técnica e do progresso em função das estruturas metálicas resultante dos processos construtivos ou dos novos materiais produzidos pela civilização industrial.
(aqui está a gare de Lyon)
Após a Batalha de Waterloo em 1815 a Europa seria sacudida por vários movimentos revolucionários que marcaria as primeiras décadas do século. Como consequência o liberalismo expande-se pelo mundo ocidental , na defesa de princípios como a liberdade individual, a igualdade perante a lei e a propriedade privada, entendo ao Estado a preservação destes princípios burgueses. Para tal, o poder político, progressivamente secularizados, funcionaria na base da separação dos poderes e da soberania nacional, garantidas, bem como os direitos do indivíduo, em textos constitucionais. Sob ponto vista económico, o liberalismo abriu as portas ao capitalismo, com a defesa da livre iniciativa, a abolição de monopólios, considerando a livre concorrência como o garante da ordem da justiça e do progresso da sociedade. Nas artes plásticas, propõe uma nova estética, afastada dos cânones racionalistas clássicos, fantasiosa, imaginativa, sentimental, individualista e nacionalista. A descoberta da máquina a vapor por James Watt em 1788, mudaram os sistemas de produção determinando uma transformação na economia mundial, como resultado da técnica, da utilização de novas fontes os transportes torna-se mais rápidos e as distâncias mais curtas. A fábrica símbolo do poder económico da burguesia empresarial e financeira é o mesmo centro da acção revolucionária da classe operária, que movida por novas ideias desde o socialismo utópico ao marxismo procurava emergir da miséria que o sistema capitalista determinava. Na arte novas experiências inspiravam os artistas, o naturalismo e o realismo, marcavam os novos percursos artísticos e em especial, o realismo menos empenhado na representação da natureza, mas aproximando-se das causas urbanas até ao aparecimento impressionismo que desmaterializa a forma e a figuração do espaço pictórico, abrindo caminho às novas vanguardas do séc .XX, marcadas cronologicamente com a Exposição do Fauves em 1905 no Salão de Paris, onde se estacavam as obras de Henri Matisse, André Derain e Maurice Vlaminck, cuja vitalidade plástica era uma consequência da utilização da cor forte e vibrante.
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